terça-feira, 14 de julho de 2015

Enquanto isso, em 1989

Muita gente se recorda com alegria daquele time de 1989. O campeonato era o Paulistão daquele ano, e a Águia do Vale avançou à segunda fase depois de uma primeira fase surpreendente, onde em 21 jogos ganhou 12, empatou 5 e perdeu apenas 4 partidas, fechando a fase como a segunda melhor equipe, atrás apenas do Palmeiras, num grupo que ainda contava com Santos, São Paulo e Corinthians. A Águia foi a grande surpresa da primeira fase, num ano espetacular da nossa história.



Confirmando a boa fase, a surpreendente equipe joseense encararia pela segunda fase do campeonato as equipes da Portuguesa e União São João de Araras, em jogos de ida e volta. O São José E.C terminou essa fase empatado em pontos com a Portuguesa, ambos com 5 pontos, mas como previa o regulamento naquele ano, em caso de empate o critério seria a campanha da primeira fase, assim nosso esquadrão avançou às semifinais.

Pelas semifinais a parada ficaria difícil. A bravia e destemida equipe joseense teria de encarar a forte equipe do Corinthians, com os consagrados Ronaldo Giovanelli, Márcio Bittencourt, Wilson Mano, Claudio Adão entre outros experientes em decisões. O primeiro jogo foi na capital, e nossa equipe saiu derrotada por 2x0. Como não havia no regulamento daquele ano o critério "saldo de gols", bastava uma vitoria simples da equipe joseense no Monumental Martins Pereira para levar a partida para a prorrogação, e foi o que aconteceu! A torcida empurrou a Águia pra cima do Corinthians, e logo aos dois minutos de jogo, Tita abre o placar pra Águia, colocando o time joseense em vantagem. depois e muita luta e demonstração de raça, segurando o Corinthians no tempo normal, viria a prorrogação. O que estaria por vir faria a festa joseense nas sagradas arquibancadas do Martinsão. Dois gols de Toni, e a classificação à final. A cidade estava em festa!

Confirmada a participação na final, era hora de se preparar. O adversário seria ninguém menos que o São Paulo. Outro gigante no caminho da nossa Águia. Pelo regulamento as equipes fariam dois jogos, um na capital e outro em São José dos Campos, onde o São José contaria com a força de sua torcida, porém uma virada de mesa, um acordo feito entre dirigentes de São Paulo e São José levou os dois jogos pro Morumbi, casa do rival, favorecendo assim o time da capital. O acordo consistia em dividir a renda dos dois jogos,o que financeiramente seria bom pro São José, dada a capacidade do Morumbi, mas péssimo por perder o apoio da sua torcida, jogando fora de casa. Mesmo assim a apaixonada torcida joseense se deslocou até a capital, confiante no título e apoiando como sempre. 

O dia do primeiro jogo da final havia chegado! A euforia nas ruas de São José dos Campos era grande! O torcedor exalava confiança, o São José estava na boca do povo. No Morumbi a casa estava cheia, as equipes se apresentavam para um público de 50.633 pagantes, que viram o São Paulo sair com a vitória depois de uma infelicidade do zagueiro André Luis, que aos 41 do segundo tempo jogou contra o próprio patrimônio, anotando um gol contra. A torcida ainda esperava por uma virada heroica na finalíssima, e mantinha a confiança no time, que chegara até ali enfrentando adversários fortes, sempre de igual pra igual. Mas toda essa confiança foi por água abaixo quando o juiz José de Assis Aragão apitou o fim da partida sob olhares de 97.965 torcedores, decretando o fim do Campeonato Paulista de 1989, dando o título para o São Paulo F.C.


Aquele esquadrão joseense terminou o campeonato na segunda posição geral, com o vice campeonato paulista, mas com certeza Luiz Henrique; Marcelo, Juninho, André Luís e Joãozinho; Delacir, Fabiano (Wilson Piracicaba) e Vânder Luís; Donizete (Henrique), Toni e Tita; e o eterno técnico Ademir Mello estarão pra sempre nos corações joseenses.



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