sexta-feira, 20 de março de 2020

UMA DESPEDIDA SEM ADEUS - O CHORO POÉTICO DO PRESIDENTE OTTOBONI

Quem acha que a mudança de casa feita pelo Formigão se deu naturalmente e sem saudosismo, está enganado. Após o último jogo do Esporte Clube São José no antigo estádio da Antonio Saes, o presidente Mário Ottoboni fez uma reflexão, que resultou num belíssimo poema, que transcreveremos a seguir:

Uma despedida sem adeus!


Este tapete, soma de encantos
que mãos calosas transplantaram um dia,
foram painéis de espertos tantos
que emolduraram quadros de alegria.

Dou-te mãos e um amplexo fraterno,
marca do afeto de gente hospitaleira...
serás lembrado e viverás eterno,
Colosso amigo, que és Martins Pereira.

Oh, meu estádio velho e sempre amado!
Ontem cedo contemplei-te demoradamente.
Senti-me só, entristecido, acabrunhado,
rápido fiz-me então presente ao ausente.

Fiquei ouvindo vozes no espaço,
era a torcida amiga, disfarçando
num alarido enorme e sem compasso.
Uma alegria triste - soluçando.

Queria ela, em tudo que consiste,
gritar bem alto pelos lábios meus.
Dizer sentida uma palavra triste,
falar chorando esta palavra: ADEUS!

São José dos Campos, 26 de novembro de 1967.


Presidente Mário Ottoboni no ato que marcou a reinstalação da placa do Martins Pereira, que havia sido removida na última reforma. (Foto: Bruno Ribeiro)


Graças ao trabalho do professor Alberto Simões este poema não se perdeu com o tempo e está registrado em seu livro "Esporte, Formigão e Águia", lançado em 1992.


terça-feira, 17 de março de 2020

ESPECIAL 50 ANOS DE MARTINS PEREIRA - CAUSOS A ACASOS (parte 1)


Se tem uma coisa que não falta quando falamos de Martins Pereira são as histórias. E é dessas histórias que nós vamos falar hoje. Uma dessas histórias quem conta é o torcedor Sandro Loyola, que frequenta o Martinsão desde 1996. Sandro relata que em 1999 chegou a ver o lendário técnico Zagallo, que à época comadava a Lusa, querendo "sair na porrada" com torcedores que o cercavam na antiga entrada para os vestiários. Sandro lembra que era muito comum os torcedores irem para aquele local protestar, cobrar, xingar ou aplaudir o juiz (dependendo da postura do árbitro em campo ele poderia tanto ouvir elogios à sua genitora quanto ser aplaudido) ou simplesmente saber de informações de bastidores em primeira mão. A malfadada reforma de 2013 tirou essa diversão dos joseenses.


Sandro e o eterno presidente Mário Ottoboni no Martinsão.



O Martins Pereira também é palco de muitas experiências em família, como nos conta Edson Damaso, o Edinho da TUSJ. Edinho conta que sua primeira vez no estádio foi no Paulistão de 1991, no empate sem gols do São José contra a Catanduvense.

"Minha primeira vez no Monumental, me lembro como se fosse hoje, meu pai disse pra eu me arrumar porque iríamos ver o São José. Eu já torcia, mas nunca tinha ido (ao estádio). Experiência inesquecível! Me lembro de cada detalhe do jogo. Isso foi em 1991, contra a Catanduvense, desde então o Martinzão se tornou minha segunda casa, é o lugar que eu sempre quero estar!"


Edinho em mais um jogo do São José. " Segunda casa".


Um episódio curioso também marcou a história do cinquentenário estádio Aconteceu depois de um jogo do Paulistão de 1981. Era o primeiro jogo da decisão do segundo turno do Paulistão e o São José venceu o São Paulo por 2x1. Após o jogo o saudoso Mário Sérgio, que na época jogava pelo São Paulo, sacou um revólver e atirou, não se sabe ao certo se foi pra cima, no chão ou na direção dos torcedores da Águia, que cercavam e balançavam o ônibus da delegação sãopaulina. Mário Sérgio precisou se explicar na Delegacia de Polícia, mas depois disso ganhou o apelido de "Rei do Gatilho". Infelizmente Mário Sérgio foi uma das vítimas da tragédia com o voo da Chapecoense, em novembro de 2016.


O "Rei do Gatilho", em jogo contra o São José, no Morumbi.


E você, torcedor, tem uma história vivida no Martins Pereira pra nos contar? Entre em contato com o Almanáguia! 

✉️ almanaguia@gmail.com
📲 (12) 982232831




domingo, 15 de março de 2020

50 ANOS DE HISTÓRIA! PARABÉNS, MONUMENTAL MARTINS PEREIRA!

O ano era 1967. O então Esporte Clube São José ainda debutava no futebol profissional, mas já enchia o aconchegante estádio da rua Antônio Saes de esportistas, entusiasmados com o ascendente escrete joseense. O entusiasmo era devido ao fantástico começo do clube  no profissionalismo, quando conquistou dois titulos e dois acessos logo nos dois primeiros anos. O alvinegro joseense - o clube usou preto e branco até 1976 -, no entanto, não poderia continuar mandando no saudoso estádio - que também se chamava Martins Pereira - se quisesse ascender à elite do futebol estadual, graças a uma portaria baixada pela Federação Paulista de Futebol exigindo que os clubes da Divisão Especial (atual série A1) tivessem um estádio com, no mínimo, 10 mil lugares. O pequeno estádio da rua Antônio Saes comportava apenas 5 mil torcedores, com arquibancadas de madeira.



Estádio Martins Pereira da rua Antônio Saes, final dos anos 60


O então presidente Mário Ottoboni se via diante de um desafio: construir um estádio que cumprisse a exigência da FPF. Aqui vale ressaltar que coragem não faltava ao saudoso e eterno presidente - foi em sua gestão, iniciada em 1964, que o clube saltou do amadorismo ao futebol profissional. A nova tarefa não foi nada fácil. O Formigão do Vale vendeu o seu romântico e acanhado estádio e adquiriu um terreno no planalto do Jardim Paulista para a construção de uma nova praça de esportes, adequada aos novos termos da FPF. No entanto, o clube precisou se afastar dos campeonatos oficiais por dois anos, até a conclusão do estádio, em 1970.



Vista aérea do estádio em 1970 - Foto: Revista Fagulhas



As obras se iniciaram oficialmente em 22 de fevereiro de 1968 se estendendo até o início de 1970. Inicialmente o projeto previa que fossem construídos dois anéis, mas o estádio acabou sendo inaugurado logo após a finalização do primeiro - e até hoje, único. A inauguração do Monumental do Jardim Paulista aconteceu em 15 de março de 1970, contando com a presença de várias autoridades e desportistas da cidade. Dentro de campo rolou um quadrangular com participação de Palmeiras, Atlético Mineiro e Internacional-RS, sendo os dois últimos responsáveis pelo primeiro jogo do novo Martins Pereira. Dadá Maravilha anotou o primeiro gol do estádio, o único da partida.



O time joseense no dia da inauguração. Foto: Revista Fagulhas


A ousadia do presidente Mário Ottoboni deu certo,  mas custou a vida do Alvinegro de Martins Pereira, que anos depois da construção se viu diante de uma dívida tida como impagável e, além de perder seu estádio (que foi arrematado em leilão pela URBAM, subsidiária da prefeitura de São José dos Campos), ainda foi submetido a uma mudança em 1976, com anuência da Federação Paulista de Futebol, quando passa a se chamar São José Esporte Clube, usando as cores e um escudo inspirados na bandeira da cidade. Após a URBAM adquirir o estádio, para que o São José não ficasse "ao relento", a câmara municipal aprovou e o prefeito Ednardo Santos sancionou a lei nº 1810, de 29/06/1976, que concedia ao São José o direito de mandar seus jogos no estádio sem ter de pagar aluguel pelo prazo de 2 anos, renováveis pelo mesmo prazo até quando se julgasse necessário. Nesse momento o São José passava de dono a simples usuário do estádio que construiu.

Lei 1810 de 29/06/1976


O estádio passou por algumas reformas e adequações ao longo dos anos, mas nenhuma foi tão cruel quanto a de 2013, durante o mandato do prefeito Carlinhos de Almeida, quando até o portão principal, que antes dava para o Jardim Paulista, foi parar na rua de trás, com a justificativa de facilitar o acesso pela Via Dutra. Essa mudança também "matou" parte da arquibancada, que ficou isolada entre os setores das cadeiras e o visitante. Com isso o acesso só pode ser feito pela antiga entrada, localizado na mesma rua do portão destinado à torcida visitante. A reforma custou certa de R$18 milhões e visava receber uma seleção da Copa do Mundo que se realizaria no país no ano seguinte, mas os planos do então prefeito se frustraram quando nenhuma das delegações escolheu a cidade.



Foto: /Léo Araújo/@vistadoalto.oficial


Exatamente 50 anos depois, pouco sobrou do sonho do presidente Ottoboni. A tão sonhada casa joseense já não pertence mais ao clube, que hoje é obrigado a aceitar jogar "de favor" no estádio que foi construído à custa de sangue, suor e lágrimas. Além disso, o torcedor joseense sofre constantemente com as ameaças feitas pela prefeitura de concessão e/ou privatização do estádio, tratado pela administração municipal como um "elefante branco". Hoje o clube só não é obrigado a pagar pra jogar no estádio por conta da lei nº 5732, de 22/08/2000, sancionada no mandato do prefeito Emanuel Fernandes.

Lei 5732 de 22/08/2000



São 50 anos de história. Todo torcedor do São José tem uma lembrança, uma boa história pra contar envolvendo o estádio. Para muitos de nós o estádio é nossa segunda casa. Palco de muitas vitórias, finais felizes, gols incríveis, como aquele do goleiro Gustavo, contra o Comercial aos 44 do segundo tempo, empatando um jogo perdido. Também temos recordações de momentos tristes como aquela dolorosa derrota para o União de Mogi das Cruzes, acabando com o sonho do acesso em 2017. 

E se o Martins Pereira falasse? O que ele diria? Eu acho que ele diria o seguinte:

"Obrigado, Esporte Clube São José, por ter sacrificado a própria vida pela minha construção. Jamais te esqueceremos, Formigão!

Siga firme, São José Esporte Clube! Estarei sempre aqui, à sua disposição. O que seria de mim sem você, minha Águia? Ainda teremos muito o que comemorar nesse meu tapete verde.

E... torcedor da Águia, eu te vi chorar tantas vezes que nem sei mais quando é de tristeza ou de alegria. Saiba que por tras desse monte de concreto e aço existe sempre um espaço pra você, seja pra comemorar, lamentar, ou simplesmente passar mais um fim de semana vendo nossa Águia jogar. Você é sempre bem-vindo por aqui. A casa é sua."


Parabéns, Martinsão! Parabéns, Estádio da Águia! 


Em memória de Mário Ottoboni.
✩ 11 de setembro de 1932
♰ 14 de janeiro de 2019

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Cresce e renasce



A primeira experiência num estádio, quando criança, é das mais mágicas da vida. Nessa faixa etária tudo é maior do que parece ser. Ainda que o mundo, no que diz respeito a importância, seja resumido em tão pouco. Os garotos do bairro, amizades da escola e os primos(as).


O Martins Pereira sempre esteve na minha vida. Mas foi só aos onze que notei a grandeza do Monumental. Minha primeira partida no estádio. Não dá pra ir e não se impressionar com o tamanho de tudo, a quantidade de gente e principalmente os torcedores. Era Janeiro, férias e iria demorar pra poder contar aos meus amigos da escola o quanto aquilo era fantástico. Tem gente que diz que estádio não é lugar de criança… Bobagem! Ora, lá é lugar de basicamente pular e gritar sem parar vendo futebol. Se isso não é lugar de criança, não sei o que pode ser…



Pelas expressões, jeitos e a camisa do time até da pra ver que não era a primeira vez do garoto. Mas nessa idade as coisas são diferentes, mais leves e mais gostosas. Acompanhava o senhor que, tantos e tantos anos mais velho, orquestrava sem querer os gestos da criança. De um lado um rosto familiar nesses velhos degraus, doutro um camisa onze, vida começando e dedo para o bandeirinha. Não estava impedido mesmo. Para, olha o senhor, e absorve os gestos. Pobre das unhas enquanto o time sofre pressão. Não tem idade. Vão todas de encontro ao dente. Olha pra torcida organizada, pula, canta… tira a camisa e começa a girar. 
Observo os movimentos com ternura. A vida na arquibancada renasce mesmo na ultima divisão, abrigo de tanta gente renegada por circunstâncias da vida.
Vibrou com a vitória por 1x0 na estréia do campeonato, no primeiro sábado de maio. Deve ter contado pros amigos da escola, na segunda, a vitória da Águia, o estádio cheio e os gols que não passaram no jornal. O mundo vai crescendo pra ele e renascendo pra nós.

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

O São José na Espanha

Já é tradição dos clubes brasileiros viajar para outros países para a a pré temporada. Os pomposos torneios como o da Flórida, realizado no início do ano, são recentes, mas não são novidade. Vamos relembrar hoje da viagem do São José Esporte Clube à Espanha, logo após a memorável campanha dos vice-campeonatos Paulista e da Série B do Brasileiro em 1989.

Delegação joseense posando com os troféus conquistados na Espanha. (Imagem: Arquivo do Museu do Esporte de SJC)


Embalados pela campanha vitoriosa, os joseenses desembarcaram em agosto na península ibérica. Os jogos foram contra diversas equipes locais, entre os dias 17 e 29/08. A Águia jogou nove vezes, ganhando 5 partidas e empatando as outras 4. A campanha invicta rendeu ao time joseense os seguintes títulos: 

  • XVI Trofeo Villa de Estepona;
  • VII Trofeo Ciudad de Portullano; 
  • X Trofeo Ciudad de Palma del Río;
  • Troféu Acquapark, de Torrevieja.

O São José ainda foi vice-campeão do Torneio Gaspar Matas, em  Palamós e do do IV Trofeo Arcángel, em Córdoba. 
Trofeo Gaspar Matas (Arquivo do Museu do Esporte de SJC)

Trofeo Arcángel (Arquivo Museu do Esporte de SJC)


Confira a campanha completa da Águia do Vale em terras espanholas:

17/08/89 - São José 2x1 Torrevieja - gols de Henrique e Wilson Piracicaba.
19/08/89 - São José 1x1 Palamós (4 a 2 Palmós nos pênaltis) - gol de Wilson Piracicaba.
21/08/89 - São José 0x0 Córdoba (3 a 2 Córdoba nos pênaltis).
22/08/89 - São José 0x0 Martos (3 a 1 Martos nos pênaltis).
24/08/89 - São José 2x1 Réus Desportivo - gols de Henrique e Moura.
25/08/89 - São José 3x1 Mollerussa - Moura, Marcelo e Villalobos.
27/08/89 - São José 1x0 Atlético Palma - gol Enrique (contra).
28/08/89 - São José 0x0 Estepona (4 a 1 São José nos pênaltis).
29/08/89 - São José 2x1 Portullano - Moura e Villalobos.


Relembrar os feitos do passado nos motiva ainda mais a lutar por um São José forte, como nos melhores tempos. A ÁGUIA ESTÁ VIVA!



Fontes e referências: http://globoesporte.globo.com/sp/vale-do-paraiba-regiao/futebol/times/sao-jose-sp/noticia/2015/01/ta-na-historia-relembre-como-foi-excursao-do-sao-jose-sp-pela-europa.html (Acessado em 04/12/2017)
http://www.museudeesportes.sjc.sp.gov.br/exp_acervo_trofeus.asp?decada=8&modalidade=6&pagina=6 (Acessado em 04/12/2017)
http://www.museudeesportes.sjc.sp.gov.br/exp_acervo_trofeus.asp?decada=8&modalidade=6&pagina=2 (Acessado em 04/12/2017)


quarta-feira, 29 de novembro de 2017

O São José no Brasileirão de 1982



O ano era 1982 e o São José conquistava o direito de participar da elite do futebol nacional pela primeira vez na sua história, graças a boa campanha no Paulista do ano anterior. O regulamento da "Taça de Ouro", nome do campeonato na época, dava aos 6 primeiros colocados do Paulistão de 1981 o direito a disputar o campeonato nacional no ano seguinte. O São José terminou o Paulistão de 1981 na 7ª posição, mas como o Guarani, 3º colocado já tinha vaga garantida no torneio por ter sido campeão da Taça de Prata do ano anterior, a vaga ficou com a Águia. Confira como foi a participação da Águia no campeonato:

Time campeão paulista da segunda divisão em 1980.


Primeira Fase


O primeiro desafio do São José aconteceu no dia 17/01/82, um domingo, diante do Grêmio-RS, no Martins Pereira, e a Águia venceu a partida com um gol de ninguém menos que TIÃO MARINO.

No dia 24/01/82, a Águia enfrentou a Desportiva-ES e voltou a ganhar, novamente no Martins Pereira, desta vez o placar terminou em 2x1, com gols dos inesquecíveis Edinho e Nenê.

A primeira partida da Águia fora dos seus domínios aconteceu no dia 28/01/82 na Fonte Nova, diante do Vitória. A partida acabou com vitória magra da equipe baiana por 1x0, gol de pênalti de Zé Augusto.

No dia 31/01/82 aconteceu a quarta partida da Águia, a segunda fora de casa. O São José enfrentou o Atlético Mineiro em Belo Horizonte, no estádio do Mineirão e arrancou do campeão brasileiro de 1971 um empate sem gols.

No returno, a Águia foi até Cariacica e no dia 03/02/1982 venceu a Esportiva-ES por 1x0, com gol de Ademir Gonçalves.

Dia 07/02/82 a Águia volta a enfrentar o Vitória-BA, desta vez no Martinsão, e derrota a equipe baiana por 2x1. Os gols da Águia foram anotados por Tião Marino e Campina.

No dia 10/02/82 a Águia  volta a enfrentar Atlético Mineiro, desta vez no Martinsão, e o placar da primeira partida entre as equipes se repetiu. Nada de gols.

Para encerrar a chave a equipe joseense viajou até o Rio Grande do Sul, onde sofreu um revés no dia 14/02/82. A partida acabou Grêmio 1x0 São José.

O São José terminou a primeira fase em primeiro lugar, em um grupo com times como Grêmio e Atlético Mineiro, campeões nacionais em outras ocasiões. Essa boa atuação na primeira fase garantiu a classificação da Águia à próxima fase do campeonato.






Segunda Fase


Na segunda fase o São José caiu no grupo N, junto com o Botafogo-RJ, o Londrina-PR, e o Treze-PB.

A primeira partida da Águia pela segunda fase do campeonato foi diante do Londrina no dia 28/02/82, fora de casa, e a Águia conseguiu um importante empate em 1x1, com gol de Eli Carlos.

De volta ao Martinsão, o adversário do dia 07/03/82 foi o Botafogo-RJ. O jogo acabou empatado sem gols.

A primeira vitória joseense na segunda fase veio no dia 11/03/82, no Monumental Martins Pereira, com o triunfo por 3x1 sobre o Treze-PB. Eli Carlos e Niltinho marcaram para a Águia, contando ainda com um gol contra de Zé Luís, do Treze-PB.

O desafio agora era enfrentar o tradicional Botafogo, fora de casa no dia 14/03/82. O São José não se intimidou e buscou a vitória , que veio com gol o de Darci, derrotando a Estrela Solitária por 1x0.

Fechando a fase, mais um jogo contra o Treze-PB, fora de casa no dia 17/03/82. A Águia, mesmo jogando longe de casa não encontrou dificuldades e venceu a partida por 3x0, com gols de Ademir Melo, Eli Carlos e Edinho.

A chave acabou com a seguinte pontuação: São José, líder, com 9 pontos; Londrina-PR com 8; Botafogo-RJ, eliminado, com 4 e o Treze-PB, também eliminado, com 3 pontos.



Oitavas de Final


Classificado para as oitavas-de-final, a terceira fase do campeonato, o adversário foi o Bangu-RJ, e o vencedor sairia do resultado de duas partidas, a primeira no Rio de Janeiro e a segunda aqui, no Martins Pereira.

A primeira partida aconteceu no dia 28/03/82 no Rio de Janeiro e a Águia foi derrotada por 3x1. O gol joseense foi anotado por Tião Marino.

Infelizmente a Águia até chegou a marcar por duas vezes no jogo da volta, que aconteceu no dia 31/03/82 no Martinsão, mas acabou sofrendo dois gols. O empate por 2x2 garantiu a vaga para a equipe banguense.




Logo na sua primeira disputa de Brasileirão a Águia conseguiu eliminar importantes equipes do futebol nacional, acabando a competição na honrosa 12ª posição em um campeonato com 44 participantes, na frente de times tradicionais como Bahia-BA, Atlético-MG, Cruzeiro-MG e Internacional-RS. Um feito louvável para uma equipe do interior, ascendente no futebol paulista. No total, a Águia jogou 16 vezes no campeonato, com 7 vitórias, 3 empates e 6 derrotas.



Referência: Site Futebol Nacional -  http://www.futebolnacional.com.br/infobol/championship.jsp?code=51B2FCC2FFAECEB373B79B4DBFFFE176

Fontes: Revista Placar, RSSSF Brasil, Folha de São Paulo.


quarta-feira, 11 de outubro de 2017

O INIMIGO INTERNO

Um passado glorioso não garante um futuro tranquilo. A frase pode ser vista como clichê, mas se aplica perfeitamente a realidade do São José Esporte Clube. Apesar dos dias de glórias, com consecutivas participações na elite do Paulistão e até do Brasileirão, hoje infelizmente não temos muito motivos para comemorar.

Hoje, a Águia do Vale que outrora voava pelos céus do Brasil acompanhada por seus milhares de torcedores, respira por aparelhos, cercada apenas pelos poucos que restaram, aqueles que apesar de sofrerem ano a ano ao lado do clube, se recusam a aceitar passivamente o destino traçado pelas várias gestões malditas que por aqui passaram. Esses torcedores disputam com unhas e dentes o que sobrou do patrimônio do São José Esporte Clube em busca do recomeço.

Os maiores adversários nesta batalha pasmem, não são rivais querendo o fim do clube, são pessoas que se dizem torcedores, mas não passam de uma espécie de carpideiras de moribundos. Eles não só deixaram de cumprir sua função fiscalizadora, como participaram da derrocada do São José quando decidiram se omitir de sua responsabilidade! O São José sofre hoje com a covardia e passividade do seu próprio conselho deliberativo que, alheio aos problemas do clube, limita-se a reuniões improdutivas, que são realizadas se não por praxe, para os carcomidos senhores cheirando a naftalina terem motivo para sair e esticar as canelas. Na prática, o conselho não existe.

Uma coisa é indiscutível, prezados: o restabelecimento do São José Esporte Clube depende única e exclusivamente da renúncia geral de todo o seu conselho e sua diretoria, não antes de chamar uma nova eleição para compor um novo conselho deliberativo, que trabalhará na renovação do Estatuto do clube.

A união entre os apaixonados torcedores do glorioso São José Esporte Clube se faz necessária nesse momento. Por tudo o que esse clube representa, nossa missão é brigar até o fim pela sua história, pela sua tradição.

O São José é maior que todo o resto!

domingo, 7 de maio de 2017

Na raça, de virada! Aqui é São José!



 A Águia voltou a Mogi das Cruzes nesse sábado, dessa vez para enfrentar o Atlético de Mogi. Embalado pela vitória por 3x0 contra o Mauaense em Guará, o time entrou confiante contra o lanterna da competição. Confiança que prejudicou o time nos primeiros minutos de jogo, quando o Atlético abriu o placar, complicando a vida da Águia no jogo.

O São José seguiu buscando o gol, enquanto o Atlético marcava e parava o ataque joseense nas faltas. A tática da equipe mogiana foi efetiva até o fim do primeiro tempo. Apesar de ser o visitante, o São José contava com o apoio da sua torcida, que cantou e incentivou o time o tempo todo.

As emoções ficaram reservadas para a segunda etapa. O São José voltou com uma proposta ainda mais ofensiva, tentando a todo momento a meta adversária. Mesmo com a expulsão do lateral Maicon aos 16 minutos, a equipe se manteve no ataque, e aos 20 minutos igualou o placar com Cazu. Não demoraria muito pra virada, que veio aos 24 minutos com Ruero. Com o placar favorável e o jogo sob controle, bastou assegurar o resultado para comemorar mais três pontos fora de casa.

Agora o São José ocupa a segunda posição com 10 pontos em 4 jogos, atrás apenas do Manthiqueira com 12 pontos em 5 jogos.
O próximo desafio da Águia é EM CASA, no próximo sábado (13/05) às 19:30 no Martins Pereira. Finalmente poderemos estrear no Martinsão, com o apoio da torcida. O adversário será o Real Cubatense, clube recém criado, que estréia em competições oficiais.

sexta-feira, 28 de abril de 2017

UMA VITÓRIA CONVINCENTE

Jogando em Guaratinguetá por conta da punição sofrida ano passado, a Águia entrou em campo na tarde de hoje (28/04) para enfrentar o Grêmio Mauaense no Dario Rodrigues Leite.

Vindo de uma rodada de folga, o time tinha pela frente o atual líder do grupo 4, até então invicto, com 3 jogos e 3 vitórias no campeonato.

Com a bola rolando, a Águia não tomou conhecimento do adversário e venceu tranquilamente: 3x0. Os gols foram marcados por Victor Feijão (2) e Ruero (1).

Nem sombra daquele time apático do empate sem gols com o Jabaquara, no mesmo estádio, duas semanas atrás.
Com a vitória o São José foi pra vice liderança do grupo 4, com 7 pontos, dois atrás do líder Grêmio Mauaense, que tem 9, mas com um jogo a mais.

O próximo desafio da Águia vai ser o Atlético de Mogi fora de casa, no próximo sábado (06/05), às 15 horas em Mogi das Cruzes.

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Mário Sérgio, o Rei do Gatilho

Dentre as vítimas da tragédia que enlutou os corações dos esportistas em todo o mundo hoje, uma é bem conhecida da torcida joseense. Afinal, não é qualquer um que tem a audácia de sacar uma pistola e atirar pela janela de um ônibus. Estamos falando de MÁRIO SERGIO PONTES DE PAIVA, o Vesgo (adquiriu o apelido por usar a tática de olhar pra um lado e tocar pro outro, consagrada por Ronaldinho anos mais tarde).



O episódio  aconteceu em 1981 aqui no Martins Pereira, depois de uma vitória da Águia por 1x0 sobre o São Paulo de Mário Sérgio. O jogo era o primeiro da decisão do segundo turno do Paulistão, e após a torcida da Águia cercar o ônibus do Tricolor Paulista, Mário Sérgio sacou seu revolver e deu vários tiros pro alto, afastando os torcedores joseenses. Mais tarde, Mário afirmou que as balas eram de festim e se disse arrependido. Na partida de volta, o placar do Morumbi anunciava "número 11 Mário Sérgio, o Rei do Gatilho". O São Paulo acabou ficando com o título, sagrando-se bicampeão paulista neste ano.

Nos anos 90, após encerrar a carreira nos gramados, o autor dos disparos foi fazer dupla com o folclórico narrador esportivo Silvio Luís, que o anunciava como "O comentarista Calibre 44!".

Mário Sérgio se despediu de nós hoje de uma forma trágica, como jamais poderíamos ter previsto. Seus feitos, dentro e fora de campo serão lembrados para sempre, guardados na memória de cada torcedor.

Desejamos que Sérgio, seus companheiros e todas as demais vítimas dessa terrível tragédia, possam descansar em paz, com a certeza de terem cumprido de forma louvável seu papel nesse plano. E aos familiares, nossas condolências. Que seus corações recebam o devido conforto, preservando a memória dos que se foram.

#ForçaChape

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Nova diretoria da Águia toma posse hoje, 11 de novembro.

A nova diretoria do São José Esporte Clube será empossada oficialmente hoje, às 19 horas, no Plenário Mário Covas da Câmara Municipal de São José dos Campos.



Dr. Adilson e Cia assumem com a responsabilidade de cumprir promessas feitas em campanha, entre elas a abertura do clube para novos sócios, principal reclamação por parte dos torcedores; a transparência na administração; e a formação de um "colegiado" com participação de torcedores, sócios e representantes da sociedade civil.
Desejamos à nova diretoria uma boa gestão, e que não seja uma continuação da Era Geléia, período de trevas pro São José Esporte Clube.